quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Rendam-se!

Cá tinha comentado convosco que, cá em casa, sempre que experimento um novo ingrediente ou faço uma receita mais diferente, levo logo com três torcidelas de nariz!... No sábado decidi testar a reação dos meus pais à cozinha a vapor, pois da primeira vez apenas cozinhei para mim e para o Luís. Mal abrem a porta e dão de caras com a panela de bambú, serviram-me de aperitivo duas caras tortas e um comentário "olha que o teu pai tem fome!". Mesmo assim, arrisquei uma batalha a vapor com o objetivo de obter a rendição deles, assim como consegui a do Luís (e ele dá mesmo luta)!
Utilizei então o tamboril, os tomates cereja, os pimentos e a chalota que iria utilizar para fazer o típico arroz de tamboril, juntei uns camarões, umas delicias e duas malaguetas, umas gotinhas de vinho rosé  e um pouco de sal. 
Na panela de bambú, coloquei uma folhas de couve coração e o preparado de peixe com os legumes em cima. Num recipiente de alumínio, coloquei água até meio com um pouco de vinho rosé. Depois de estar a ferver, coloca-se a panela de bambú por cima, para que o vapor passe pelos pratos e cozinhe os alimentos. Cerca de 10minutos depois o prato está pronto a servir. Fiz um arrozinho e uma salada de rúcula e agriões para acompanhar. 
Meio desconfiados, lá testaram mais uma saudável "maluqueira" da minha cozinha e... ADORARAM! O meu pai inclusive, pela primeira vez, mostrou interesse em adquirir um recipiente de cozinha! Quer outra panela de bambú para que eu possa "cozinhar para os teus avós, porque isto é mesmo bom, e se não leva gordura, tanto melhor". 
Testem o cozimento a vapor, pois:
 - É uma técnica fácil e rápida logo poupamos na energia consumida;
 - Os ingredientes mantêm as suas propriedades e um sabor e cor mais intensos são obtidos, pois não são submersos em água;
 - Muito saudável, pois não exige uso de gorduras;
Se não conseguirem encontrar a panela de bambú (que por acaso é a mais fofa, e foi a minha "irmã" que me trouxe de Inglaterra, porque também não a encontrei), existem recipientes de cozimento a vapor em alumínio  tupperwares e até panelas a vapor elétricas!
Invistam, pois o sabor e as vantagens para a saúde compensam mesmo!!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A tarte da Branca de Neve

Quando penso em tartes de maçã, a primeira coisa que me vem à cabeça é a história da Branca de Neve, e a tarte que põe a arrefecer na janela antes dos anões chegarem a casa... Se calhar não é bem assim na história, mas nas minhas memórias de infância vejo claramente essa parte da história, com a tarte de maçã a fumegar! Até sinto o aroma da maçã e da canela (que também é fruto da minha imaginação de criança)...
No sábado, decidi então recriar a tarte que vejo nas minhas memórias de menina. 

Utilizei:
 - 1 base de massa folhada
 - 2 maçãs vermelhas
 - açúcar amarelo (a gosto)
 - canela (a gosto)
 - geleia para brilho de tartes (suficiente para pincelar a tarte toda)

Coloquei então a base na tarteira e cortei algumas tiras de massa folhada para colocar por cima. Polvilhei com açúcar e canela a base da massa folhada, e dispus os gomos da maçã (com a casca) por cima da massa folhada. Polvilhei os gomos das maçãs com açúcar e canela, e coloquei as tiras de massa folhada de modo a que parecesse uma rede (no Domingo fui comprar o cortador de massa em rede!). Foi ao forno a 180ºC, cerca de 20min, até adquirir um tom dourado. Depois de retirar do forno, pincelei com a geleia para ficar bem brilhante. 
Tarte com aspeto e sabor de contos de fadas...

sábado, 15 de setembro de 2012

As ditas esquisitices


Tartes Tatin na minha cozinha são muito frequentes, normalmente de pêra ou maçã. O ruibarbo é um legume sobre o qual já encontrei algumas receitas e despertou-me a curiosidade por ser utilizado em sobremesas e pela peculiaridade do ingrediente. 
O problema estava em encontrá-lo... Fazendo uma pesquisa rápida acerca deste legume, descobri que a origem é japonesa, mas o grande produtor e consumidor deste legume são os Ingleses, que o trouxeram do Oriente no século XIII. Só o caule é comestível, as folhas não se podem ingerir. Sendo assim, liguei para a minha "irmã temporariamente inglesa" e pedi para me trazer um pouquinho deste legume para puder experimentar. Preparei a tarte exatamente como preparo com as frutas, caramelizando o ruibarbo cortado em pedaços com manteiga e açúcar demerara, depois de colocar na tarteira, cobri com a massa folhada, e foi ao forno até a massa estar dourada.
Fui a primeira a provar e adorei!! 
Tem uma polpa suave e doce. O Francisco também gostou muito, e todos os que também gostaram não sabiam o que estavam a comer. Quem viu a confeção (mãe, pai e Luís) não arriscaram a prova,argumentado com um já frequente "Tu e as tuas esquisitices!", mas pode ser que seja para a próxima, quando já for colhido da nossa horta...


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Lucky Luke

Já deveria ter postado aqui esta receita há algum tempo, porque é um dos maiores sucessos da minha cozinha!! É mais rápida que a própria sombra, tanto na preparação como a desaparecer da mesa... Quando digo que vou fazer um tiramisú, todos esperam pela típica travessa em camadas, mas prefiro uma apresentação mais fofinha, e preparo uma Charlotte de tiramisú tida Pipi. Agora que a saudade aperta com muita força, lembro-me do olhar orgulhoso do Luís para a sobremesa que tanto gosta que prepare. Bem, vou deixar-me de lamechices, e vamos lá aos ingredientes: 
  - 250g de Mascarpone
  - 125g de açúcar em pó
  - 3 ovos (gemas separadas das claras)
  - 2 colheres de sopa de vinho do Porto
  - Palitos "La Reine"
  - 3 a 4 cafés frios
As claras devem ser batidas em castelo (o Luís coloca uma pitada de sal e ficam bem melhores, esta é a parte da qual ele se encarrega). À parte, bater as gemas com o açúcar em pó até obter um creme esbranquiçado. De seguida, misturar o mascarpone e o vinho do Porto. Por fim, no preparado de mascarpone, envolver as claras levemente com uma colher de metal. Forrar uma terrina alta com película aderente. Molhar os palitos em café, mas este processo tem que ser muito rápido ou os palitos ficarão muito pesados e a Charlotte abate depois de desenformada. Colocar palitos no fundo da terrina e nas paredes, e no interior colocar o preparado de mascarpone. Terminar tapando o preparado com mais palitos embebidos em café, e tapar com película aderente. Colocar um prato em cima para fazer algum peso na massa. Colocar no frigorífico no mínimo 3h (fica perfeito se ficar a noite toda no frigorífico). Desenformar e polvilhar com cacau em pó. 

Deliciem-se...

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A todo o Vapor!!!

Há muito tempo que queria uma panela de bambu para cozinhar a vapor, mas nunca a encontrei. Referi à minha "irmã do coração" que andava em busca da panelinha perdida, e ela lá a conseguiu arranjar em terras de Sua Majestade!! 
Um pouco às apalpadelas, no sábado eu e o Luís tentamos descobrir os segredos desta panela-mais-fofa. Então decidimos cozinhar gambas com molho de soja e pimentos e tomate cereja da nossa horta. 
Esta panela tem que ser colocada por cima de um recipiente com água fervente ou com um caldo que liberte o vapor que vai cozer os alimentos, mas a panela de bambu não pode tocar no caldo! Nós optamos por um caldo que foi preparado com um pouco de água, molho de soja, algumas rodelas de limão, algumas fatias de pimento italiano e um ramo de tomilho (também da horta). 
Na base dos "pratos" da panela, colocamos uma folha de papel vegetal, para evitar o contacto dos alimentos com o bambu.
Para a marinada das gambas utilizamos alho picado, molho de soja, sumo de um limão, pimento italiano (q.b.) e tomilho. colocamos as gambas no segundo prato da panela, pois cozinham mais rápido que os legumes.
No prato de baixo da panela colocamos uma base de rodelas de limão, pimento branco e vermelho em fatias finas, tomate cereja, tomilho, pimento italiano picado e uma pitada de sal. 
Colocamos a panela de bambu em cima do recipiente com o caldo a ferver, e cerca de 10min mais tarde, o jantar estava pronto a servir!! Como foi uma noite mais para os sabores orientais, servimos com arroz basmati. 

Diferente, saudável e delicioso...



Tornare troppo piccanti

Meus caros "bloguianos",  eu peço imensa desculpa pelo desaparecimento súbito, mas estou a passar por uma fase de sentimentalismo precoce, saudade antecipada, mas cá nos vamos aguentando... Durante este período de acumulação de mimos para os tempos que se vão aproximando, houveram algumas novidades na minha cozinha e na minha horta!
Já tenho pimentos italianos (peperoni) plantados na horta, e as sementes de rúcula também já estão semeadas. Tomates é com fartura, tanto do cereja como o coração de boi.
Quando me ofereceram os pés de pimento italiano para plantar, trouxe também os pimentinhos picantes que eu tanto aprecio!
Como tinha muita quantidade, aproveitei para fazer uma garrafinha de azeite aromatizado muito muito picantezinho e com um cheirinho a tomilho!

Para além disso, aproveitando a fartura, ainda cozinhei umas tartes de legumes e mangericão (da avó Cecília). 
Para esta receita precisam de (para quatro tartes individuais):
- 1 base de massa folhada retangular
- Azeite para pincelar
- 4 cogumelos portobelo
- 1 chalota
- 3 tomates maduros
- 5-6 folhas grandes de mangericão
- 1 pimento italiano 
- 100g de queijo emmental em lascas grandes
Cortar a massa em quatro retangulos. passar a faca pela massa desenhando um retangulo menor onde se vão colocar os ingredientes. 


Pincelar a massa com azeite e colocar a chalota em meias luas muito finas. Dispor o tomate às rodelas e os cogumelos em fatias finas por cima. colocar as folhas de mangericão e três ou quatro fatias de pimento italiano (atenção que é muito picante!! Para quem não aprecia, substituir por pimento normal). Para finalizar, cobrir com raspa de emmental e levar ao forno até a massa ficar dourada e estaladiça. 

Para o Luís, que não aprecia mangericão, não o coloquei, e o resultado é igualmente delicioso, apesar de perder um pouco de frescura. Acompanhem com uma saladinha de rúcula e alface roxa, temperada com o azeite aromatizado.
Volto a repetir que o pimento italiano é MESMO muito picante, por isso não abusem...