terça-feira, 2 de outubro de 2012

Mudam-se os tempos...

...Mudam-se as vontades... Ou talvez não! Talvez existam pratos que nunca deixamos de ter vontade de degustar... Um deles é o belo do arroz de tomate com a boa e velha patanisca de bacalhau: pura tradição e puro prazer para a boca do bom Português, e não só!! O tradicionalismo mantém-se na mesa dos Portugueses com enorme sucesso, por culpa de pratos deliciosos como este, mas podemos sempre "recriar" tradição. 
Foi o que fiz um dia destes. E o jantar lá em casa foram: pataniscas de bacalhau com pimentos e risoto de tomate. 


Primeiro preparam-se as pataniscas (o risoto é bom se for terminado e logo consumido). Pica-se uma chalota, um pouco de pimento verde e vermelho, um ramo de salsa picado e esfiam-se duas postas de bacalhau previamente cozido (duas postas grandes chegam para 4 pessoas) e reserva-se tudo. Num recipiente grande, coloca-se uma cerveja e vai-se acrescentando lentamente farinha de trigo peneirada, de modo a formar um polme não muito consistente. Acrescentar os legumes e o bacalhau, duas gemas de ovo e temperar a gosto. Se o preparado ficar muito espesso, acrescentar cerveja, se estiver muito liquido, juntar um pouco de farinha. As pataniscas devem ser fritas em óleo quente, mas a temperatura não deve estar excessivamente alta, pois corre-se o risco de ficarem cruas por dentro. Para dar uma forma mais regular, costumo utilizar um aro de metal no tacho para dar forma à patanisca. Absorver bem a gordura em papel de cozinha e reservar.

Para o risoto, picar uma chalota, dois alhos, uma malagueta e pimento verde e vermelho aos cubos. Acrescentar azeite e o risoto (uma mão de arroz por pessoa, mais uma extra). Ligar o fogão e ir mexendo o risoto até começar a ficar translúcido. Acrescentar um copo de vinho branco e colocar os tomates sem pele e pevides. Ir mexendo sempre e acrescentar água sempre que o risoto começar a secar. O processo demorará cerca de 20 minutos (é um pouco demorado e cansativo, mas vale a pena!). Quando o arroz começar a ficar no ponto, a última vez que acrescentarem liquido, coloquem de novo vinho branco e mexam.
O segredo do risoto é parar no ponto certo, nem duro, nem muito mole, não é uma técnica fácil, podem acertar à primeira, ou aprender com a prática.
Depois de já estar pronto, retirar do lume, acrescentar uma colher de sopa de manteiga e um ramo de salsa picado e envolver bem. 

O Risoto é um prato muito guloso, e neste caso o vinho dá-lhe um travo azedo impagável. Não sou grande amante do arroz, inclino-me mais para massas, mas risoto é o "Ferrari dos arrozes"! Experimentem e partilhem a vossa experiência...





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Espero ter-vos por cá mais vezes, sim??

Beijinhos,
Virgínia